Cap. 154
Em Rotten Root, Augustus movimenta o braço picado pela cobra em frente e a um espelho e parece satisfeito com o que sente: — A tal curandeira era realmente boa. Não sinto mais coisa alguma. Este braço parece estar até melhor do que o outro.
William, cinicamente: — Claro! Agradeça à índia, afinal, ela te besuntou com lama e excrementos de guaxinim. O médico que cuidou de você, dia e noite, nada tem a ver com sua melhora.
Augustus se aproxima do doutor: — Com certeza eu não estaria mais aqui se não tivesse seus cuidados, Dr. William. Não há como expressar minha gratidão.
William: — Não se preocupe com isso. Eu já peguei meu pagamento em seus bolsos enquanto esteve inconsciente.
Augustus, tentando contornar a surpresa: — Que bom, então, acredito que estamos acertados.
O médico concordo com a cabeça enquanto o prefeito entra na sala, vindo de sua ronda pelas ruas da (parte branca da) cidade.
McQueen: — Doutor, permita-me dizer que, fora uma pontada que surge quando tento apressar o passo, sinto-me totalmente recuperado. Muito obrigado.
William: — É meu dever, senhor prefeito. Eu que agradeço (o médico vai virando o rosto em direção a Augustus conforme completa a frase) por reconhecer meu trabalho, esforço e dedicação.
Cobra Traiçoeira chega à sala, vê Augustus em pé, todo sorridente, e pergunta, já com medo da resposta: — Você está curado?
Augustus, agradecido: — Sim!
Cobra: — Droga!
Augustus, um tanto confuso: — Perdão? Foi você que me salvou, não foi?
Doutor William pigarreia propositadamente alto e Cobra se justifica:
— Desculpe. Você me salvou antes, na carroça pegando fogo. Eu estava em dívida com você. Mas, agora que está bem, o xerife vi querer que a gente saia da cidade.
O nativo coloca a mão no ombro de Augustus e continua, com os olhos quase vertendo lágrimas de genuíno sofrimento: — Tem ideia e como é difícil conseguir bebida vivendo longe da cidade?
O médico se levanta e proclama: — Para isso, eu tenho a solução!
Todos se viram para ele, que conclui: — Vamos beber tudo o que esta cidade tem antes que o xerife volte.
O indígena, sem opções, concorda. Os dois vão saindo e o médico complementa: — Tudo por conta do prefeito.